São João Batista, São João Evangelista ou São João de Jerusalém (Esmoler), qual?
São João Batista, São João Evangelista ou São João de Jerusalém (Esmoler), qual?
São vários os João que apontados na história como Santos e Padroeiros de alguma entidade ou Instituição, no entanto, esta variedade não é tanta quando se trata do possível padroeiro da Maçonaria. Há três vertentes sobre o verdadeiro padroeiro da Maçonaria e por conta disso a dificuldade de se definir ao certo qual dos João é o padroeiro da Sublime Ordem.
Para registro, as teorias antes aventadas de que há três possíveis patronos da Maçonaria apontam da seguinte forma para cada um dos Santos.
A primeira vertente aponta como padroeiro da maçonaria o João Batista, primo de Jesus Cristo, denominado Batista por que era aquele que batizava no Rio Jordão e trazia a boa nova, qual seja, a vinda do nosso salvador Jesus Cristo.
Essa primeira corrente pode subdividi-la em duas, naqueles que associam João Batista como padroeiro de nossa ordem pela forma como foi morto, pois foi decapitado pela vontade e luxúria de Salomé, amante do Rei, porque João Batista combatia a infidelidade, isso mexeu com a falta de princípios morais praticada naquele reinado, assim Salomé convenceu sua filha a pedir ao Rei a cabeça de João Batista, decapitada numa badeja de prata.
E a outra bem lógica por sinal, vincula o nascimento de João Batista em 24 de junho ao nascimento das Grandes Lojas Inglesas em 24 de junho de 1717.
Já a segunda vertente versa sobre João Evangelista, o discípulo de Jesus Cristo que escreveu três livros importantes do Livro da Lei, entre eles o Livro do Apocalipse. Essa teoria do João Evangelista como padroeiro vincula a data de 27 de dezembro como a data de seu nascimento.
Coincidentemente, ambas as datas, tanto 24 de junho quanto 27 de dezembro vincula-se o primeiro ao solstício de inverno no hemisfério norte e o solstício de verão no hemisfério sul. Sendo estas datas então consideradas pela Maçonaria como de suma importância porque trata de um astro importante que emite luz, ou seja, o sol, contra as trevas, o que a Sublime Ordem combate.
A tradição versa sobre a comemoração das datas do deus Janio que na forma pagã era comemorada na data dos solstício tanto de inverno quanto de verão, cultura pagã que o Cristianismo tratou de subtrair impondo datas comemorativas iguais, mas com cunho Cristão.
A terceira teoria vincula como padroeiro da Maçonaria o Santo canonizado pelo Papa no século VII, chamado de São João Esmoler, ou São João de Jerusalém.
A história relata que no ano 500 d.c, na Ilha de Chipre, nasceu o filho do Rei que ao longo de sua vida dedicara a benevolência e benfeitorias, assim como ao exercício da ponderação e tolerância.
Esse príncipe cresce e na vida adulta perde por doença grave esposa e dois filhos retomando com esta perda o antigo sonho de dedicar-se a benevolência.
Com isso assume definitivamente o dom do sacerdócio, vinculando-se a Ordem Beneditina.
Por suas obras vinculadas ao cuidado de visitantes que se lançavam a visitar a Terra Santa foi canonizado pelo papa no Século VII.
Então no ano aproximado de 1099 foi criada, na cidade de Jerusalém, a Ordem dos Templários Hospitaleiros, com cunho na história e ensinamentos deixados pelo Santo Beneditino São João de Jerusalém, ou São João Esmoler.
Esse Santo se aproxima da Maçonaria hora pela sua benemerência e pela criação da hospitalaria presente até os dias de hoje na Sublime Ordem.
Em 1797 era comum o tratamento oficial entre Lojas Maçônicas da seguinte forma: ‘Da Loja do Santo João de Jerusalém, sob o nome distintivo de (….) Loja Nº (….).
São João de Jerusalém foi escolhido Padroeiro da Maçonaria porque seus ideais eram idênticos aos ideais Maçônicos como a fraternidade, a liberdade e a igualdade, ideais que combinam com nossa doutrina.
É por essa razão que todas as Lojas são abertas e dedicadas em sua homenagem.
Fonte: Pesquisado em histórias bíblicas e escritos maçônicos.
Resumo efetuado pelo Ir.´. Benjamin Constant II